Extra! Raio-X CBRASB 2021

Extra com Marcelo Rocha, presidente da Cbrasb, sobre o Circuito Brasileiro de bodyboarding de 2021.

1 – Num ano que o mundo começou a dar sinais da nova rotina, como foi a correria de realizar um circuito brasileiro de bodyboard?

Realmente um desafio muito grande que foi abraçado pela diretoria e pelos competidores. Tivemos uma média de 130 atletas inscritos nas duas etapas, ambas no Espirito Santo e o saldo foi extremamente positivo. A economia instável, tudo retornando no mundo todo bem devagar e conseguimos colocar na praia os eventos que já estavam no papel há dois anos. Fechamos o calendário de forma bastante positiva, superando as adversidades impostas pela pandemia.

2 – O Wahine pro foi um evento muito grande, semelhante as etapas dos anos dourados: Empresas grandes envolvidas, excelente estrutura, bastante gente presente, transmissão alucinante com muita interatividade do público e um dos maiores acessos de bodyboard já vistos, com média de 13 mil pessoas assistindo.

No entanto, a última etapa do brasileiro em termos de números não chegou nem na metade, gerando várias reclamações por *parte dos espectadores. Para 2022 qual é o maior desafio da Cbrasb e o que esse ano serviu como aprendizado?

Os dois eventos foram grandiosos. Destacando o Wahine Pro (evento organizado pela pentacampeã mundial Neymara Carvalho) primeiramente foi o fortíssimo nome da Neymara e isso fez com que a mídia ficasse muito atraída, além de grandes patrocinadores como a Arcelor, na qual despertou o interesse da Rede Gazeta e por ai atraindo mais e mais a mídia. O evento foi dividido em três partes: entretenimento, técnica e estrutura e funcionou harmoniosamente bem. Apesar dos organizadores dos eventos serem praticamente os mesmos, o segundo pecou na parte de entretenimento, principalmente na transmissão do evento. A empresa mudou e foram as primeiras coberturas da mesma no esporte, se ambientando com o dinamismo do esporte… mas falando em números, 7000 acessos ao vivo para o bodyboarding não é nada mal. Muitos aprendizados foram obtidos nesses dois eventos. Vimos que foi válido fazer as duas etapas no Espirito Santo e vimos que é possível fazermos etapas no mesmo estado com ondas diferentes. Um exemplo disso é o Rio de Janeiro, no qual podemos realizar etapas em municípios diferentes, tanto uma etapa no meio da barra, por exemplo, quanto uma etapa em Itacoatiara. Para o próximo ano pretendemos adotar o modelo preferencial da confederação com uma etapa em cada estado, um circuito sólido de 4 a 5 etapas com aumento das premiações, um “envelopamento” de identidade visual do evento, apresentando uma nova cara na organização e tenho a certeza de que veremos coisas muito boas para 2022.

3 – Houve no final do evento uma exibição de PCD’s muito bacana e vimos o sarrafo subir cada vez mais na categoria Master. O que esperar para 2022 sobre todas as categorias e se o PCD é uma realidade no quadro de competição ou uma atividade inclusiva?

Foi muito bacana registrar esse momento dos atletas PCD. Um mar com quase um metro e o pessoal dropando pra valer. O mundo viu pela primeira vez ao vivo uma categoria PCD de bodyboard e despertando o interesse de algumas marcas para apoiar os atletas. Sobre as categorias, no geral, uma das coisas mais importantes é a estrutura para os atletas, para a comissão técnica em todos os aspectos. Temos que respeitar e valorizar o trabalho desses profissionais e eles também precisam entender o valor deles e a representatividade perante o público e os outros atletas. Vamos agir de forma harmoniosa, buscando diminuir os problemas eventuais e os crônicos cada vez mais, trazendo um ambiente cada vez mais profissional para o nosso esporte. Agindo dessa forma, voltaremos a ser uma forte referência no esporte para que os outros países possam seguir o nosso modelo de gestão.

Texto por Alex Muniz

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